SINCOMÉRCIO Piracicaba

Música

Nelson Sargento faz show em comemoração ao Dia Nacional do Samba

Publicado em: 30/11/2018

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Lenda viva do samba, Nelson Sargento é compositor, cantor, pesquisador da música popular brasileira, artista plástico, ator e escritor brasileiro e com seus 94 anos sobe ao palco do Sesc Piracicaba em 2 de dezembro, às 15h30, acompanhado de Tuco Pellegrino, sambista e compositor de Jundiaí.

A atividade celebra o Dia Nacional do Samba com um repertório de grandes sucessos, entre eles, "Mesmo Sangue na veia" – título de um samba de Nelson Sargento gravado por Tuco Pellegrino. No show, os músicos cantam o cotidiano, o morro, a paixão pela escola de samba, a natureza, o amor, entre outros temas.

 

Sobre Nelson Sargento
Informações enviadas pela produção

Passou a infância no morro do Salgueiro, por volta de 10 anos foi morar no morro da Mangueira, onde logo conheceu Cartola e Nelson Cavaquinho, com quem aprendeu a tocar violão. O apelido "Sargento" veio de sua época no exército. Entrou para a ala dos compositores da Mangueira levado por Alfredo Português (seu pai adotivo) e Carlos Cachaça, e compôs sambas-enredo para a escola na década de 50, como por exemplo, "Cântico à Natureza" (com Jamelão/ Alfredo Português), de 1955. Nos anos 60 frequentou o bar Zicartola, onde conheceu outros sambistas e músicos da zona sul carioca. Participou, convidado por Hermínio Bello de Carvalho, do espetáculo "Rosa de Ouro" (1965), ao lado de Elton Medeiros, Clementina de Jesus, Araci Cortes e Paulinho da Viola, entre outros. Em seguida integrou o conjunto A Voz do Morro, e com ele gravou "Roda de Samba 2", um marco do gênero. Seu maior sucesso, "Agoniza Mas Não Morre", foi lançado em 1978 por Beth Carvalho e tornou-se um hino de resistência da cultura do samba carioca. Outros sambas seus de sucesso são "Idioma Esquisito", "Falso Amor Sincero", "Vai Dizer a Ela" (com Carlos Marreta) e "Nas Asas da Canção" (com Dona Ivone Lara).

 

Nos anos 90 gravou discos no Japão, incluindo composições inéditas de seu parceiro Cartola. Foi tema do documentário "Nelson Sargento", de Estêvão Pantoja, lançado e premiado no final da década de 90. Paralelamente à atividade de músico, Nelson Sargento é também escritor (já lançou dois livros), ator (trabalhou em "O Primeiro Dia", de Walter Salles e Daniela Thomas, "Orfeu do Carnaval" de Cacá Diegues, minissérie “Presença de Anita”) e pintor primitivista, atividade que desenvolveu graças ao conhecimento obtido na profissão de pintor de paredes, que exerceu por vários anos. Em 2017 teve seu show Nelson Sargento com vida, eleito melhor show nacional, por votação popular, segundo Guia Folha de São Paulo. E recentemente se tornou youtuber.

 

Sobre Tuco Pellegrino
Informações enviadas pela produção

 

Aos 38 anos, o cantor e compositor paulistano Tuco Pellegrino faz a união bem sucedida entre a visão de um jovem músico com o repertório de clássicos do samba e assim ser "a grande revelação no atual cenário", segundo Monarco, um dos panteões da velha guarda de uma das mais tradicionais escolas de samba do país, a Portela onde não por acaso, Tuco é atualmente membro da ala de compositores.

 

A escola carioca azul e branca definiu desde cedo a trajetória de Tuco, despertado para a música com o primeiro álbum da Velha Guarda da agremiação, "Passado de Glória" (1970), produzido por Paulinho da Viola. A ligação com as raízes do samba levou Tuco não só a gravar discos e fazer shows baseados nas origens do mais brasileiro dos ritmos como a fundar e participar de diversos grupos renomados de pesquisa e propagação da cultura como Passado de Glória, Grêmio Recreativo de Tradição e Pesquisa Morro das Pedras, Terreiro Grande e Glória ao Samba, em São Paulo, dedicados a cantar antigos sambas, como os da época de ouro do rádio, os de terreiro e das tradicionais escolas e clássicos compositores.

 

Na discografia, Tuco tem os registros "Cristina Buarque e Terreiro Grande Ao Vivo" (2007), álbum finalista do Prêmio TIM de Música, e, "Cristina Buarque e Terreiro Grande Cantam Candeia" (2009).  Em "Peso é Peso" (2010) celebra grandes expoentes como Paulo da Portela, Nelson Cavaquinho e Manacéia, inclusive com canções inéditas dos autores.

 

"Na Contramão do Progresso" (2016) é o mais recente álbum de Tuco onde o cantor registra em estúdio somente músicas próprio com compositores de sua geração além de apresentar parcerias com as lendas Waldir 59 e Monarco com quem tem compartilhado um vasto universo de sambas de terreiro, muitos deles ainda inéditos ao público e assim vem sendo "o garoto que vai dando continuidade às coisas da nossa Portela", conforme depoimento do mestre portelense.

Tuco participou ainda dos CDs "Cordiais Saudações" (2014), de Roberto Seresteiro, e de "Passado de Glória - Monarco 80 Anos" (2014) eleito como melhor disco de samba pelo Prêmio da Música Brasileira na faixa "Fingida". De mente arejada e de olho na manutenção da cultura original do samba, o músico foi finalista do concurso Novos Bambas do Velho Samba realizado no Carioca da Gema, no Rio, e é notado por diversos mestres do pandeiro, cavaco e companhia com quem já dividiu palco: Nelson Sargento, Elton Medeiros, Roberto Silva, Wilson Moreira e outros. Suas apresentações já giraram teatros como Rival (RJ), Circuito Sesc (SP), Teatro Fecap (SP), Teatro João Ceschiati (BH), Palácio das Artes (BH) e outras casas pelo Brasil além de uma turnê pela Argentina e participações em programas de televisão.

MÚSICA

Som de domingo

Nelson Sargento & Tuco Pellegrino

Dia 2, domingo, 15h30.

Ginásio. Grátis. Livre.