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Literatura

Lançamento do livro Sétima arte: um culto moderno de Ismail Xavier

Publicado em: 30/08/2018

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Esgotada há anos, obra do professor Ismail Xavier é considerada um clássico da historiografia do cinema mundial

Lançado pelas Edições Sesc São Paulo a 2ª edição revista e ampliada do livro Sétima arte: um culto moderno, de Ismail Xavier, um dos mais importantes teóricos e professores de crítica e história do cinema brasileiro. Esta edição conta com uma nova introdução do autor, além de comentários atuais à luz da evolução do cinema e da crítica, que se somam à versão integral do estudo pioneiro publicado em 1978, que aborda a consolidação  do cinema como forma de arte e de que forma a estética cinematográfica se transformou em uma linguagem artística fundamentalmente moderna.

Escrito a partir da dissertação de mestrado de Ismail, o livro analisa o período em que o cinema deixou de ser compreendido como mera diversão popular e alcançou o status de “sétima arte”, apresentando um debate que ultrapassa questões técnicas e abrange uma ampla visão da história e da cultura brasileiras, bem como da história do cinema mundial. Buscando desvendar a origem da expressão “sétima arte”, Ismail apresenta um panorama das vanguardas artísticas desde 1911, quando o italiano Ricciotto Canudo escreveu o Manifesto das Sete Artes.

Influenciado por nomes como Paulo Emílio Salles Gomes e Antonio Candido, o autor desenvolve uma visão analítica do cinema baseada em um amplo conhecimento histórico, social e cultural do Brasil. Conforme afirma Danilo Santos de Miranda no texto de apresentação, “essa perspectiva extrapola a simples compreensão de enredos e personagens, apontando para a estrutura fílmica, assim como para o exame tanto do contexto no qual se insere o filme quanto daquele ao qual se refere. Para Xavier, a obra de arte não se dissocia da sociedade, ao contrário, é produto dela e com ela deve dialogar”.

O caminho percorrido pelo livro inclui comentário à estética de Ricciotto Canudo como um momento expressivo que pode ser associado à primeira grande forma da cinefilia, e passa também pelos “jovens rebeldes” da crítica francesa nas décadas de 1940 e 1950, que conduziram a definição de um autor cinematográfico por meio da forma original com que ele compunha as cenas e articulava as montagens. A pesquisa histórica e o debate avançam no contexto teórico da década de 1970, época em que a primeira edição do livro foi desenvolvida.

Como o próprio Ismail Xavier explica na Nota do autor à segunda edição, “o critério assumido nesta nova edição foi o de não alterar o texto, preservar na íntegra a exposição do meu pensamento na forma como se definiu. (...)  Quando julguei necessário, acrescentei notas atuais, destacadas nas margens em vermelho, que trazem breves comentários e referências mais concentradas no campo da crítica francesa e da teoria do cinema, terrenos que meus trabalhos posteriores e minha atividade docente retrabalharam ao longo dos anos”.

 

FICHA TÉCNICA

Sétima arte | um culto moderno: o idealismo estético e o cinema (2ª edição revista e ampliada)

Edições Sesc São Paulo

Autor: Ismail Xavier

ISBN: 978-85-9493-049-1

Páginas: 288 p.

Preço: R$ 60,00

 

As publicações das Edições Sesc São Paulo podem ser adquiridas em todas as unidades Sesc SP (capital e interior), nas principais livrarias e também pelo portal www.sescsp.org.br/livraria.

 

SOBRE ISMAIL XAVIER

Ismail Xavier é pesquisador formado em Comunicação Social com habilitação em Cinema pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), fez mestrado e doutorado em Teoria Literária na FFLCH-USP e PhD em Cinema Studies pela Universidade de Nova York. Professor da ECA-USP desde 1971, Ismail é autor de diversos livros, entre eles, O discurso cinematográfico: a opacidade e a transparência (1977); Sertão Mar: Glauber Rocha e a estética da fome (1983); O cinema brasileiro moderno (2001); Alegorias do subdesenvolvimento: Cinema Novo, Tropicalismo, Cinema Marginal (1983) e O olhar e a cena: Hollywood, melodrama, Cinema Novo, Nelson Rodrigues (2003).

PROGRAMAÇÃO RELACIONADA – SESC PIRACICABA


Lançamento de livro

Sétima arte – Um culto moderno

Um clássico da historiografia do cinema mundial no Brasil, o livro aborda a afirmação do cinema como forma de arte e o porquê de sua acolhida pelos modernos como uma linguagem de expressão artística fundamentalmente moderna. Esgotado há muitos anos, o livro retorna com uma nova introdução do autor, bem como notas comentando o texto à luz da evolução do cinema e da crítica. O autor, Ismail Xavier, é considerado um dos mais importantes teóricos e professores de crítica e história do cinema brasileiro, lecionando na Escola de Artes e Comunicações da USP desde 1971.

Dia 4, terça, 20h.

Teatro. Grátis. Livre.

Exibições

A hora e a vez de Augusto Matraga

1965, 106’

Dir: Roberto Santos

Elenco: Leonardo Villar, Jofre Soares, Maria Ribeiro e Maurício do Valle.

Augusto Matraga é um fazendeiro violento, que atraiçoado pela esposa e emboscado por seus inimigos acaba por ser massacrado a pauladas e dado como morto. Salvo por um casal de negros humildes volta-se para uma religiosidade há muito esquecida. Augusto Matraga então oscila entre seu temperamento agressivo, seu escondido desejo de vingança e o misticismo e a bondade que não consegue mais abandonar. Adaptação do conto de Guimarães Rosa.

Dia 16, domingo, 17h.

Teatro. Grátis. 10 anos.

Retirada de ingressos com 1h de antecedência.

 

Macunaíma

1969, 108’

Dir: Joaquim Pedro de Andrade

Elenco: Grande Otelo, Paulo José, Jardel Filho.

Macunaíma é um herói preguiçoso, safado e sem nenhum caráter. Ele nasceu na selva e de preto, virou branco. Depois de adulto deixa o sertão em companhia dos irmãos e vive aventuras na cidade, ama guerrilheiras e prostitutas, enfrenta vilões milionários, policiais e personagens de todos os tipos. Baseado no livro de Mário de Andrade.

Dia 23, domingo, 17h.

Teatro. Grátis. 12 anos.

Retirada de ingressos com 1h de antecedência.

 

São Bernardo

1972, 113’

Dir: Leon Hirszman

Elenco: Rodolfo Arena, Othon Bastos e Luiz Carlos Braga.

Paulo Honório, um sertanejo de origem pobre que se torna dono da decadente fazenda de São Bernardo em Viçosa, Alagoas. Determinado a ascender socialmente casa-se com a professora da cidade, Madalena. Os problemas começam quando as diferenças de Paulo e sua esposa se acentuam. Baseado na obra de Graciliano Ramos.

Dia 30, domingo, 17h.

Teatro. Grátis. 10 anos.

Retirada de ingressos com 1h de antecedência.