SINCOMÉRCIO Piracicaba

Onde mora a violência?

Campanha de conscientização da violência contra idosos

Publicado em: 15/06/2020

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ONDE MORA A VIOLÊNCIA? SESC SÃO PAULO PROMOVE CAMPANHA DE CONSCIENTIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA CONTRA A PESSOA IDOSA

 

Entre os dias 15 e 21 de junho, campanha propõe exercício coletivo de valorização do envelhecimento e fortalecimento das redes de apoio ao idoso;

 

Sob o tema ”Onde mora a violência?”, ação marca o Dia Mundial da Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa e celebra a data instituída em 2006 pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência Contra a Pessoa Idosa;

De acordo com informações da Organização Mundial da Saúde, a violência contra o idoso é definida como “ação única ou repetida, ou falta de ação apropriada, ocorrendo em qualquer relacionamento no qual exista uma expectativa de confiança, que cause danos ou sofrimento a uma pessoa idosa”.  O último levantamento feito pelo Disque 100 (Disque Direitos Humanos), realizado em 2018, mostrou um crescimento de 13% na violência contra a pessoa idosa em relação ao ano anterior. O levantamento traz também os seguintes dados: 78% das denúncias de violência contra a pessoa idosa apontam que os episódios acontecem no ambiente doméstico da vítima, e que 60% dos suspeitos de cometer a violência são filhos (a) ou netos (a). 

O Dia Mundial de Conscientização da Violência contra a Pessoa Idosa, celebrado em 15 de junho, foi instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) e pela Rede Internacional de Prevenção à Violência à Pessoa Idosa em 2006. O Sesc São Paulo, já desde 2015 se engaja anualmente nessa campanha de conscientização, dedicando uma semana inteira à discussão do tema a partir de abordagens multidisciplinares.  

Em 2020, no contexto da pandemia causada pelo novo coronavírus, em que o idoso foi incluído no chamado grupo de risco, a campanha do Sesc acontece em âmbito nacional, e o Sesc São Paulo propõe o tema “Onde mora a violência?”, uma reflexão sobre a segurança doméstica e o papel da sociedade na construção de uma convivência harmoniosa entre famílias e gerações.  A campanha será realizada nas plataformas digitais e redes sociais da instituição, com a circulação de conteúdos informativos e a transmissão ao vivo de encontros e bate-papos com artistas e especialistas – entre eles Claudete Soares e Conceição Evaristo –  sobre as diversas formas de violência presentes na cultura e no cotidiano.

“O programa Trabalho Social com Idosos do Sesc São Paulo é pioneiro na promoção de ações endereçadas a esse público, discutindo temas da contemporaneidade por meio de seminários, mostras de filmes, bate-papos, rodas de conversas, palestras e ciclos de debate, com acolhimento e cuidado”, destaca Danilo Santos de Miranda, diretor do Sesc São Paulo. E complementa: “Em sua trajetória de quase 60 anos, o programa acompanha as mudanças e demandas dessa população, e repensa e atualiza as diretrizes que norteiam sua ação. Na prática, identifica e valoriza aquilo que pode ser específico ao grupo etário, além de incentivar e promover as relações intergeracionais”.

Durante a pandemia, acentua-se o olhar discriminatório para o idoso, que passa a ser visto com desconfiança e, muitas vezes, como alguém de pouca relevância social. Nesse aspecto, a valorização do processo de envelhecimento e fortalecimento das redes de apoio são pontos essenciais para fomentar o exercício coletivo do cuidado e da segurança das pessoas idosas em suas relações cotidianas. O tema da campanha reforça a importância do olhar voltado ao ambiente doméstico, sobretudo no contexto de pandemia, para evidenciar todos os tipos de violência sofridos por homens e mulheres acima dos 60 anos.

 

Destaques

Conteúdos circularão nas plataformas digitais do Sesc São Paulo e redes sociais da instituição, apontando reflexões sobre o envelhecimento e a cultura da longevidade.
 

Confira os destaques:

 

BATE-PAPO MUSICAL

Onde Mora a Violência?

O vídeo, que estará disponível no Youtube do Centro de Pesquisa e Formação do Sesc SP a partir de 17 de junho às 15h, apresenta Marília Berzins, especialista em Gerontologia e doutora em Saúde Pública pela USP, e a cantora Claudette Soares em uma reflexão sobre os lugares da violência contra o idoso no cotidiano.  A música, fio condutor do roteiro, aponta para aspectos da violência presente em canções e também na vida cotidiana.

 

SÉRIE

Envelhecer

Nessa série de 13 episódios, dirigida por Claudia Erthal e Paulo Markun, o espectador acompanha depoimentos que refletem sobre o envelhecer no século 21. Quais as incertezas, tensões, exclusões, violências, mas também conquistas, alegrias e realizações dessa população. Disponível na Plataforma de streaming do SescTV.

 

CURSO

Como estamos envelhecendo?

Com base nas diretrizes do programa Trabalho Social com Idosos do Sesc São Paulo e pesquisas sobre o tema, o curso apresentado pela atriz Zezé Motta aproxima e sensibiliza um público interessado na temática do envelhecimento. São seis aulas, acompanhadas por textos de apoio, indicação de filmes, músicas e artigos. O curso é gratuito e está disponível na Plataforma Sesc Digital.

 

ARTIGOS

Revista Mais 60 – Estudos sobre envelhecimento

Publicação quadrimestral de artigos e matérias que abordam assuntos relacionados ao envelhecimento, como violência, sexualidade, trabalho e direitos, estimulando reflexões entre estudantes, profissionais e interessados na cultura da longevidade. Confira a edição atual e as anteriores no Portal do Sesc São Paulo.

 

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Você Sabia?

 

Quais os tipos de violência contra os idosos?

Física: face mais visível da violência, como agressões, beliscões, empurrões e tapas, que podem levar a lesões e até mesmo ao óbito. 

Psicológica: formas variadas de menosprezo, discriminação, preconceito e humilhação, levando a pessoa à tristeza, ao sofrimento e, consequentemente, à depressão. 

Abandono: privação do convívio com a família através do isolamento e da ida forçada a uma Instituição de Longa Permanência; atos de descaso com as necessidades básicas.

Abuso financeiro: expropriação dos recursos e bens por meio de intimidação, como a utilização forçada do benefício da aposentadoria sem consentimento.

Negligência: descaso proposital da família, dos órgãos públicos ou até mesmo de instituições privadas, caracterizado pela omissão diante de situações de violência, maus-tratos ou abandono.

Violência sexual: práticas eróticas impostas por meio de aliciamento, violência física ou ameaças, como por exemplo, beijos forçados e atos sexuais não consentidos.

 

Discriminação por idade tem nome

O ageísmo e a idade são parte do sistema de preconceito e discriminação no Brasil. Embora o ageísmo e a discriminação por idade sejam termos frequentemente usados como sinônimos, o ageismo refere-se essencialmente às atitudes que os indivíduos e a sociedade têm com os demais em função da idade, enquanto a discriminação por idade descreve a situação em que a idade é o fator decisivo. Um exemplo de discriminação por idade é o empregador que decide contratar, promover, retreinar ou aposentar/dispensar um funcionário com base somente na idade. O ageísmo e a prática de discriminação por idade no Brasil devem ser vistos como parte das múltiplas formas de discriminação.

 

Defender as pessoas idosas é uma atribuição de todos e todas

O Estatuto do Idoso (Lei 10.741/2003) aponta claramente que “é dever de todos prevenir a ameaça ou violação aos direitos do idoso.”

Saiba mais no Estatuto Nacional do Idoso

 

Formas de denunciar a violência contra a pessoa idosa

Disque Direitos Humanos – Disque 100 - 24 horas;

Aplicativo Proteja Brasil (disponível para celular);

Delegacia Online da Polícia Civil do seu estado;
Emergência Policial - DISQUE 190 – Polícia Militar